Para quem atua na educação sempre se ouve falar sobre a Didática. Uma disciplina, um campo de saber, que se tornou essencial na vida dos educadores. Muitos de nós, em nossa formação, tivemos uma disciplina com este nome. Mas, o que ela representa?

O professor deve se preocupar em tratar o aluno de forma generalizada. Além do controle disciplinar, da postura e dos castigos como uma condição vital para que a educação se dê da melhor forma, o aluno deve ser visto com uma extensão da vontade do professor.

Um educador severo e com uma formação militar, ele acreditava que a disciplina rígida, de controle do corpo e submissão da vontade a razão era o fator de qualificação da educação e de sua eficiência. Educar é disciplinar o corpo e a mente, reproduzir gestos, gravar conteúdos através da repetição.

Didática é comparada a uma arte por Comenius. Para ele, educar é moldar a mente do aluno e lhe ?talhar? a compreensão da realidade marcando profundamente sua vida. De certa forma, educar é uma arte do educador construída na relação do aluno obedecendo determinadas condutas.

Didática é a condição de atuação do professor junto ao aluno, na prática o ambiente escolar. Hoje, esta definição está mais relacionada aos arquitetos. Se considera que a disposição dos alunos em relação ao espaço físico onde vai se ministrar a aula deve obedecer a critérios arquitetônicos orientados pela didática.

Comenius, assim com Rousseau, valorizava a liberdade e não defendia critérios rígidos ou definitivos sobre a forma de relacionamento dos alunos. Um precursor das teses anarquistas, ela considerava que o aprendizado era mais eficiente na proporção que os alunos se sentiam livres para aprender o que desejassem, o que fosse de seu interesse.