Há uma revolução na percepção da educação em Emmanuel Kant (1724-1804). O pensador consegue unir duas concepções, os racionalistas em empiristas, na capacidade humana de aprender através da experiência e racionalidade

Discípulo de Sócrates, Kant defendia uma capacidade de questionar o mundo e permanecer com a questão. A busca da realidade para ele é a contemplação da natureza, da vida, nada mais.

Para Kant, o conhecimento é fruto de uma razão que considera a experiência pela reflexão. Nunca seremos capazes de reproduzir a verdade absoluta, mas devemos nos aproximar ao máximo do que ela expressa.

O pensamento dos alunos deve ser conduzido para que ele seja considerado como uma expressão da verdade, apesar de qualquer conhecimento. Logo, o valor subjetivo, a opinião é mais importante que a razão.

A sabedoria é fruto da reflexão pura. Logo, não se deve considerar a experiência. Nada do que vivemos tem valor. Todo o conhecimento é pura intuição. O que temos sobre o mundo é uma representação superficial da realidade.

Vinculado a uma exigência extrema do saber, a postura kantiana sobre a educação se estabelece valorizando o conhecimento reproduzido. Não há por que questionar aquilo que se aprende, devemos apenas reproduzir, considerava Kant.