
Considerando os “tipos” de violência que podem ser perpetrados contra mulheres em razão do gênero
Considerando os “tipos” de violência que podem ser perpetrados contra mulheres em razão do gênero
MAPA - SER - SEMINÁRIO EM EDUCAÇÃO, SÓCIOJURÍDICO E HABITAÇÃO - 54_2024
Serviço Social em Movimento: Contra a Violência, Pela Vida
Olá, seja bem-vindo à última atividade M.A.P.A. do ano! Considere o texto a seguir e leia com atenção a proposta da atividade.
A violência contra a mulher é um problema histórico e estrutural, profundamente enraizado nas desigualdades de gênero. Ela se manifesta de várias formas, incluindo violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, afetando mulheres de todas as idades e classes sociais. No Brasil, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) foi um marco legal importante no combate à violência doméstica e familiar, ampliando os mecanismos de proteção e responsabilização dos agressores.
A atuação do assistente social nesse contexto, especialmente no campo sociojurídico, é fundamental para a promoção dos direitos das mulheres e a garantia de proteção integral. O assistente social desenvolve ações voltadas para o acolhimento, orientação e acompanhamento das mulheres em situação de violência, articulando uma rede de apoio que envolve serviços como Centros de Referência, Delegacias Especializadas e Casas Abrigo, por exemplo.
O papel do assistente social no sociojurídico inclui a escuta qualificada, o encaminhamento para serviços de saúde e justiça, e a construção de estratégias para romper o ciclo de violência. Além disso, o profissional atua na mobilização de direitos previstos em leis e programas sociais, promovendo o acesso à justiça e à proteção, sempre com o olhar voltado para a defesa dos direitos humanos e da cidadania plena das mulheres.
CONTEXTUALIZAÇÃO DA ATIVIDADE M.A.P.A.:
“ - Policial: Polícia Militar Emergência;
Vítima: Boa noite. Tem como vocês entregar uma pizza, fazendo um favor?;
Policial: A senhora está ligando para a Polícia Militar;
Vítima: Eu sei. Andradina.
Policial: Qual é seu nome?
Vítima: Não.
Policial: Tem alguém armado aí?
Vítima: Mais ou menos;
Vítima: Me traz uma pizza de...
Policial: Você precisa de socorro médico ou não?
Vítima: Não. Me traz uma pizza de Pepperoni...
Policial: Ok. Foi cadastrada a ocorrência, tá bom?
Vítima: Tá bom, obrigada”.
O diálogo poderia ser um engano, mas foi mais um pedido de socorro de uma vítima de violência doméstica, que, felizmente, foi compreendido pelo representante da segurança pública e assegurou a vida da vítima. A violência doméstica contra a mulher é parte de uma estrutura de violência de gênero que marca a nossa sociedade.
A recorrência da prática no Brasil é tão incidente que, em 2006, para atender às políticas públicas de enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher, foi promulgada a Lei 11.340/2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha. Embora traga avanços significativos, a Lei Maria da Penha não é, por si só, capaz de erradicar a violência contra a mulher em nosso país, encargo que demanda uma transformação social nos mais diversos campos.
Por esse motivo, entendemos que o debate sobre gênero e violência de gênero deve ser tratado como tema transversal na formação de uma cidadania e sociedade que se pretenda avançada. Segundo dados extraídos da CPMI da violência contra a mulher, publicados em 2013 (disponível em: https://www12.senado.leg.br/institucional/omv/entenda-a-violencia/pdfs/relatorio-final-da-comissao-parlamentar-mista-de-inquerito-sobre-a-violencia-contra-as-mulheres), o Estado do Paraná, à época, ocupava o 3º lugar no ranking nacional, com a taxa de 6,4 homicídios femininos por 100 mil mulheres por ano. De lá para cá, tivemos muitos avanços, mas a violência contra a mulher ainda assombra as mulheres de nosso Estado e de nosso Município. O Art. 5° da Lei 11.340/2006 dispõe que:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e dano moral ou patrimonial:
Dessa forma, podemos considerar que a violência contra a mulher não se resume apenas à violência física, mas engloba outras formas de manifestação, tais como:
Violência Física
Violência Psicológica
Violência Sexual
Violência Patrimonial
Violência Moral
Considerando os “tipos” de violência que podem ser perpetrados contra mulheres em razão do gênero, percebe-se que um número relevante de mulheres em nosso país enfrenta alguma forma de violência todos os dias, o que viola seus direitos fundamentais e impede que se desenvolvam plenamente e vivam de maneira livre. A violência doméstica contra a mulher é um problema complexo e demanda medidas conjuntas para seu combate, a participação ampla dos órgãos e autoridades públicas e a participação de toda a sociedade.
A Secretaria da Justiça, Família e Trabalho do Estado do Paraná aponta que, “[...] a Lei Maria da Penha aumentou o rigor das punições das agressões contra a mulher no ambiente doméstico ou familiar. Além de indicar a responsabilidade de cada órgão público para ajudar a mulher que está sofrendo violência e estabelecer medidas protetivas de urgência para a vítima” (https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/lei-maria-da-penha).
As medidas protetivas de urgência têm por finalidade garantir a integridade física e psicológica das mulheres vítimas de violência no âmbito familiar e evitar consequências mais graves, como o feminicídio, que em 2015 ganhou lei própria (Lei 13.104/2015), tornando-se circunstância qualificadora do crime de homicídio e alocou a prática no rol dos crimes hediondos.
PROBLEMÁTICA DA ATIVIDADE M.A.P.A.:
Considerando os valores da IES, dentre eles “Compromisso com o conhecimento, com a aprendizagem e com a transformação da sociedade” e pensando a Universidade enquanto espaço de produção de conhecimento e transformação social, como poderemos, dentro de diferentes áreas do conhecimento, colaborar para a melhoria do atendimento e prevenção da violência doméstica contra as mulheres?
PROPOSTA DA ATIVIDADE M.A.P.A. MÃOS NA MASSA:
A partir do contexto e da problemática apresentados, a proposta dessa atividade consiste em levar à comunidade informação, formas de prevenção e denúncia para situações de violência de gênero.
ETAPA 1 - Conhecendo a realidade local:
Identifique na sua cidade os equipamentos de proteção à mulher vítima de violência (quantos são e quais são), por exemplo: Delegacias Especializadas: as Delegacias da Mulher foram criadas para oferecer atendimento especializado e acolhedor para vítimas de violência de gênero. Centros de Referência e Acompanhamento: serviços como os Centros de Atendimento às Mulheres oferecem suporte psicológico, jurídico e social.
Identifique na sua cidade os PROJETOS SOCIAIS e/ou ASSOCIAÇÕES/MOVIMENTOS SOCIAIS de proteção à mulher vítima de violência (quantos são e quais são), por exemplo: https://www.observatorioneia.com/ - NEIAS - Observatório de Feminicídio Londrina.
Cite quais os indicadores de violência contra a mulher do seu município. Se não houver indicador estratificado, cite o indicador de violência do seu Estado, mencionando a fonte da informação e o ano desse dado.
ETAPA 2 - Serviço Social em Movimento: Contra a Violência, Pela Vida
Criação de um cartaz DIGITAL, com slogan criativo e informativo, visualmente atraente, que inclua:
O slogan: Serviço Social em Movimento: Contra a Violência, Pela Vida.
Informações Relevantes: dicas práticas e conselhos sobre como prevenir e buscar apoio (exemplo: citar o disque 180).
Design Criativo: utilize cores, gráficos e elementos visuais que chamem a atenção e transmitam a mensagem de forma clara e eficaz.
Ferramentas: utilize ferramentas de design gráfico como Canva, Adobe Spark ou Microsoft PowerPoint etc. Inclua imagens ou gráficos que complementem o slogan e as informações.
Revise o cartaz para garantir que o texto esteja claro e livre de erros, e que o design seja atraente e profissional.
USE A CRIATIVIDADE, PENSE FORA DA CAIXA!
REGRAS:
O arquivo deverá ser elaborado conforme as normas da ABNT, utilizando obrigatoriamente o formulário padrão que se encontra no material da disciplina.
A atividade deverá ser realizada individualmente.
O M.A.P.A é um trabalho original. Isso significa que não poderá haver cópia da internet sem a devida referência da fonte citada. Em caso de constatação, será subtraída nota na avaliação da atividade.
Toda citação deverá ser obrigatoriamente referenciada.
Atente-se às regras e prazos para postagem; não deixe para a última hora, pois não existe prorrogação de prazo, nem serão aceitos trabalhos enviados por e-mail ou de outra forma.
Não esqueça de assistir ao vídeo de orientação da atividade M.A.P.A., que se encontra disponível; ele poderá auxiliar você em possíveis dúvidas. Lembre-se de que você conta ainda com o suporte do mediador.

Olá, somos a Prime Educacional!
Ficaríamos muito satisfeitos em poder ajudar você. Entre em contato conosco para solicitar o seu serviço.


